sexta-feira, 16 de março de 2012

Da horta para a mesa

Projeto da UFSJ em Sete Lagoas ensina agricultores a preparar hortaliças prontas para o consumo
 
 Uma forma de aproximar o produtor das hortas comunitárias de Sete Lagoas do conhecimento tecnológico que a Universidade Federela de São João del-Rei (UFSJ) pode oferecer. Assim pode ser definida a segunda edição do curso “Hortaliças Minimamente Processadas”, que aconteceu no dia 7 de março.
A iniciativa, que reuniu 18 produtores rurais daquela região, faz parte do projeto “Processamento de hortaliças tradicionais e não convencionais como forma de agregar valor à produção dos agricultores das Hortas Comunitárias do Município de Sete Lagoas”, desenvolvido pela professora do curso de Engenharia de Alimentos, Lanamar de Almeida Carlos e pela estudante de graduação, Camila Gonçalves Rodrigues.
O curso teve apoio da UFSJ e da Secretaria de Agricultura de Sete Lagoas.
De acordo com a professora da UFSJ, o processamento mínimo é um procedimento que se faz com frutas e hortaliças destinadas à comercialização, de maneira a agregar valor e fazer com que a hortaliça chegue ao consumidor o mais próximo possível do natural. 
“O processamento mínimo emprega apenas o descascamento, corte e a sanitização. Esta forma de beneficiamento alcança uma parte do mercado mais preocupada com o consumo de vegetais que não sofram processamento como cozimento, congelamento ou os que são enlatados, elas também são conhecidas como hortaliças prontas para o consumo, como couve já picada, saladas prontas com algumas variedades de alface e tomatinho”, explica.
O procedimento é vantajoso para produtores e consumidores.
Para o produtor, agrega valor ao vegetal in natura, aumenta a renda familiar e racionaliza a produção e comercialização dos produtos.
Para quem consome, propicia mais praticidade no preparo dos alimentos e possibilita que frutas e hortaliças tenham características sensoriais, como cheiro e sabor, similares ao vegetal fresco.

Região

A região de Sete Lagoas possui diversas hortas comunitárias, que produzem hortaliças convencionais, como couve, alface e cebolinha, e não-convencionais como a azedinha, caruru e ora pro nobis, que tem ocupado cada vez mais espaço na mesa dos consumidores.
A agricultora Marilane Aparecida Ribeiro, produtora de hortaliças da Horta Comunitária de Barreiro, destaca a importância da iniciativa. “Eu acho que vai ser muito bom para a gente na área de venda e na parte da higiene na manipulação de alimentos, porque o povo procura uma coisa limpa, a higienização. Estamos aprendendo aqui muita coisa. Eu não sabia fazer a sanitização de hortaliças, utilizando água sanitária, agora estou aprendendo usar luvas para prevenir a contaminação do alimento durante a manipulação. Para a gente é muito bom”, declara.
Interessado na parceria entre Prefeitura e agricultores, que resultará na compra de hortaliças para a merenda escolar do município, o agricultor Geraldo Correia da Silva destaca a oportunidade do curso oferecido pela UFSJ. “Estamos muito satisfeitos, gratificados, porque é estimulante a gente estar aqui aprendendo uma coisa muito boa não só para nós, mas também para o trabalho, para o ser humano também”, afirma.
O aprendizado tem sido gratificante também para a bolsista deste projeto de extensão, Camila Gonçalves Rodrigues. “Participando, aprendi muitas coisas como a lidar com o público do projeto. Na primeira fase, tive de ir às comunidades aplicar um questionário, saber como abordar as pessoas. É uma experiência muito enriquecedora”, diz. Com o desenvolvimento do projeto, a professora Lanamar espera ensinar as técnicas do processamento mínimo a outras comunidades de Sete Lagoas.

Fonte: Assessoria de Comunicação da UFSJ - Campus Santo Antônio

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