Foto: divulgação |
UFSJ tem novo Herbário
Alunos e pesquisadores da UFSJ contam agora com um novo laboratório. Só que diferente: ao invés de reagentes químicos ou equipamentos tecnológicos de ponta, esse trabalha com plantas. É o Herbário do curso de Ciências Biológicas, inaugurado em agosto, que fica no prédio do Departamento de Ciências Naturais (Dcnat) do campus Dom Bosco. O acervo possui mais de duas mil espécies e é o primeiro na região a reunir exemplares de plantas de São João del-Rei e de outros municípios das Vertentes.
O professor do Dcnat e coordenador do espaço, Marcos Sobral, conta com a colaboração de 4 alunas para coleta, conservação e arquivamento dos dados sobre os exemplares recolhidos da Serra de São José, em Tiradentes. Toda semana, o professor e as alunas Ludmila Teixeira e Rafaela Guimarães sobem a serra em busca de plantas em flor ou frutificadas e as levam até a sala de apoio do Herbário, que fica no prédio do DCNAT. De lá, um extrato do que foi colhido é separado e enviado para Belo Horizonte, onde terá a análise da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a fim de encontrar alguma droga dentro da planta que possa ser utilizada para fins medicinais.
Uma vez na sala de apoio, as plantas são congeladas e, posteriormente, coladas em uma lâmina de papel, com a devida identificação. São, então, levadas ao Herbário, onde há um grande armário de rolagem e as plantas são organizadas em pastas, dentro de sacos plásticos (para inibir a ação de insetos) e postas em ordem alfabética. A sala do Herbário ainda terá melhoramentos. “Temos 3 aparelhos de ar-condicionados que tem de estar ligados sempre, mantendo a temperatura ideal para as plantas, algo em torno dos 17º C”, comenta o professor.
Sobral explica dois conceitos muito confundidos quando se ouve falar sobre Herbário. Segundo ele, diferentemente do que se conhece como “coleção didática” – onde há uso do acervo durante as aulas, pelos alunos -, o “acervo científico”, como no caso do Herbário, tem uso restrito. “O acervo é o mais perene possível. Nele, reúnem-se plantas de, até mesmo, séculos passados e, portanto, é necessário um treinamento para seu manuseio.”
O acervo do Herbário começou a ser reunido entre os anos de 2006 e 2007, pela professora do DCNAT, Aparecida Célia dos Santos. Seu plano inicial era ter um acervo didático para usar durante suas aulas. Com a aprovação do projeto na FAPEMIG, Marcos Sobral analisou a coleção da professora e utilizou-se dos exemplares em bom estado como as primeiras plantas do Herbário.
O trabalho ainda está só no começo. Segundo o coordenador, nem 1/3 da Serra foi explorada ainda. Sobral conta que os primeiros registros feitos sobre a vegetação de São João del-Rei datam de 1817 e estão arquivados, em perfeito estado, no Herbário da França. “Ocasionalmente, há pesquisadores que vêm colher exemplares na serra, mas esta nossa coleção é de grande importância. Será algo sobre a região, arquivado, aqui mesmo, na cidade, para o futuro”, anima-se. E completa: “Quem trabalha com produção científica, sempre trabalha pensando que esta continuará além dele”. Ainda segundo Sobral, o espaço do herbário é utilizado apenas por pesquisadores e alunos interessados pela área de taxonomia, que é a ciência que estuda a nomenclatura dos seres vivos.
O professor do Dcnat e coordenador do espaço, Marcos Sobral, conta com a colaboração de 4 alunas para coleta, conservação e arquivamento dos dados sobre os exemplares recolhidos da Serra de São José, em Tiradentes. Toda semana, o professor e as alunas Ludmila Teixeira e Rafaela Guimarães sobem a serra em busca de plantas em flor ou frutificadas e as levam até a sala de apoio do Herbário, que fica no prédio do DCNAT. De lá, um extrato do que foi colhido é separado e enviado para Belo Horizonte, onde terá a análise da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a fim de encontrar alguma droga dentro da planta que possa ser utilizada para fins medicinais.
Uma vez na sala de apoio, as plantas são congeladas e, posteriormente, coladas em uma lâmina de papel, com a devida identificação. São, então, levadas ao Herbário, onde há um grande armário de rolagem e as plantas são organizadas em pastas, dentro de sacos plásticos (para inibir a ação de insetos) e postas em ordem alfabética. A sala do Herbário ainda terá melhoramentos. “Temos 3 aparelhos de ar-condicionados que tem de estar ligados sempre, mantendo a temperatura ideal para as plantas, algo em torno dos 17º C”, comenta o professor.
Sobral explica dois conceitos muito confundidos quando se ouve falar sobre Herbário. Segundo ele, diferentemente do que se conhece como “coleção didática” – onde há uso do acervo durante as aulas, pelos alunos -, o “acervo científico”, como no caso do Herbário, tem uso restrito. “O acervo é o mais perene possível. Nele, reúnem-se plantas de, até mesmo, séculos passados e, portanto, é necessário um treinamento para seu manuseio.”
O acervo do Herbário começou a ser reunido entre os anos de 2006 e 2007, pela professora do DCNAT, Aparecida Célia dos Santos. Seu plano inicial era ter um acervo didático para usar durante suas aulas. Com a aprovação do projeto na FAPEMIG, Marcos Sobral analisou a coleção da professora e utilizou-se dos exemplares em bom estado como as primeiras plantas do Herbário.
O trabalho ainda está só no começo. Segundo o coordenador, nem 1/3 da Serra foi explorada ainda. Sobral conta que os primeiros registros feitos sobre a vegetação de São João del-Rei datam de 1817 e estão arquivados, em perfeito estado, no Herbário da França. “Ocasionalmente, há pesquisadores que vêm colher exemplares na serra, mas esta nossa coleção é de grande importância. Será algo sobre a região, arquivado, aqui mesmo, na cidade, para o futuro”, anima-se. E completa: “Quem trabalha com produção científica, sempre trabalha pensando que esta continuará além dele”. Ainda segundo Sobral, o espaço do herbário é utilizado apenas por pesquisadores e alunos interessados pela área de taxonomia, que é a ciência que estuda a nomenclatura dos seres vivos.
A Serra de São José
Em seus 12 km de extensão e mais de 4 mil hectares de preservação, a Serra de São José guarda vasta flora, que conta com orquídeas, bromélias e várias espécies de árvores. Localizada entre as cidades de Tiradentes, São João del-Rei e Santa Cruz de Minas, a Serra tem paredões com amais de 100 metros de altura que limitam estas cidades, além de diversas quedas d’água em toda sua extensão. Todo trajeto passa pela conhecida “Calçada dos Escravos”, caminho de pedra do século XVIII, por onde os escravos tinham de fazer o transporte de ouro e outros minerais abundantes na serra.
Outro destaque do conjunto rochoso é a sua diversidade de libélulas. Todas as espécies ali presentes totalizam 50% das ocorrentes em Minas Gerais e 18% das ocorrentes em todo o país, o que levou, em 2004, à consolidação do Refúgio Estadual de Vida Silvestre (REVS) Libéluas da Serra de São José, unidade de conservação desta.
Em seus 12 km de extensão e mais de 4 mil hectares de preservação, a Serra de São José guarda vasta flora, que conta com orquídeas, bromélias e várias espécies de árvores. Localizada entre as cidades de Tiradentes, São João del-Rei e Santa Cruz de Minas, a Serra tem paredões com amais de 100 metros de altura que limitam estas cidades, além de diversas quedas d’água em toda sua extensão. Todo trajeto passa pela conhecida “Calçada dos Escravos”, caminho de pedra do século XVIII, por onde os escravos tinham de fazer o transporte de ouro e outros minerais abundantes na serra.
Outro destaque do conjunto rochoso é a sua diversidade de libélulas. Todas as espécies ali presentes totalizam 50% das ocorrentes em Minas Gerais e 18% das ocorrentes em todo o país, o que levou, em 2004, à consolidação do Refúgio Estadual de Vida Silvestre (REVS) Libéluas da Serra de São José, unidade de conservação desta.
(Fonte: Assessoria de Comunicação da UFSJ - Campus Santo Antônio)
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